

POESIA ABERTA
FotoPintura: TotenMonoliticoKuiãPoranga
Jaiel de Assis
Abre poesia, abre...
Ver que ferimento é este,
Na palavra lida, transmitida
Grafitada.
Abre poesia, abre...
Ver que fragmento é este,
Na palavra fria,
Espuma banca e ressaca,
Transitando e molhando,
Frases e o meu coração.
Radicalmente,
Mudando totalmente o teor da frase,
E, para provar que poesia é faca,
Na frente de vários poetas,
Abraço a mulher amada
E furiosamente cravo em seu peito,
Oito poemas flamejantes de amor.
A surpresa brilha em seus olhos caramelos
E transforma a poesia de balcão.
A mulher, amada e ferida,
Liricamente sangrada,
Grávida de emoções,
Declama melodias, serenatas.
Amor! Esta é a nova luz do tema.
Agora, depois de cravar a poesia,
Corto a casca vermelha do fruto,
E grito como Ali Babá gritava,
Abre poesia, abre...
Poesia abre, abre poesia...
Nenhum comentário:
Postar um comentário