sábado, 27 de outubro de 2007

Poema de Sandoval Fagundes

Não é nada?
(Sandoval Fagundes)



A arte da devoração vem da dor.
Pode ser canção, tratado
Estado, conceito, mutação,
Talvez a simples prática poética.

A parte da devotação se degusta?
Pessoas proclamam desejos
Confundem-se entre os corpos
Espalham-se sem métrica

A arte do querer da cama
Retórica absurda das delícias
Frases de querer em chamas
Empanturram-se
de carícias

A parte da devora-oração
Pode nos queimar no poemas do “Ser”
Nas suplicas e rezas de guiamento
Nas falas das fadas do querer

Na carne/oficina do amor
O ungüento tópico é o espírito
É o tempo aliviando a fome de amar
Deflorando a carne imaterial da utopia
Isso não é nada?

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