Não é nada?
(Sandoval Fagundes)
A arte da devoração vem da dor.
Pode ser canção, tratado
Estado, conceito, mutação,
Talvez a simples prática poética.
A parte da devotação se degusta?
Pessoas proclamam desejos
Confundem-se entre os corpos
Espalham-se sem métrica
A arte do querer da cama
Retórica absurda das delícias
Frases de querer
Empanturram-se
A parte da devora-oração
Pode nos queimar no poemas do “Ser”
Nas suplicas e rezas de guiamento
Nas falas das fadas do querer
Na carne/oficina do amor
O ungüento tópico é o espírito
É o tempo aliviando a fome de amar
Deflorando a carne imaterial da utopia
Isso não é nada?
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