
Refugiados
Águia Mendes
Um navio à deriva
E o mar é uma porção de montes.
Que navio é esse que dos longes vem?
É o barco dos refugiados
Que em nosso porto tem aportado.
Para onde ele vai dia e noite sem parar?
De noite o vento lhe chicoteia a pele.
De dia o sol lhe dá um abraço de fogo.
Vai como pobres leminhas atirar-se ao mar.
E ao largo mundo como leminhas irão morrer.
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