33 – Via Púbica
Ando a Esmo pela cidade,
Olhando vitrinas e moda.
Entro em uma loja de tecidos e examino,
Distraidamente, uma peça de seda.
Tão lilás, sua cor! Tão macia, sua pele!
Lembro rapidamente de você,
Ainda ontem estava em teus lençóis.
O cheiro da vida e o cheiro do amor,
Deixava na sala teu perfume misturado ao meu.
E eu me esfregando em teu corpo,
Percorrendo cada pedaço dessa via púbica,
Onde pingos prateados como a luz da lua,
São na verdade gotas de um suave vinho,
Escorrendo docemente em tua pele branca.
A seda em minhas mãos, a vendedora me olhando,
As imagens fluindo, meu coração, em fogo,
Me leva em rodopios nesta viagem virtual e rápida,
A um porto raso com barcos encalhados,
Te querendo a qualquer hora, em todo lugar,
Erguendo minha arma, me fazendo chover...
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