
Chama morta
O amor acaba, diz alguém.
Eu digo:
O que acaba é a capacidade de amar.
De trepar alguém,
De sentir gozo,
De ser fruto mel,
Na boca, no corpo.
É esta capacidade que foge na vida
E que tantos homens e mulheres
Chamam de paixão.
E como fogo que arde veloz
E queima a alma e fere a vida.
É isto que se apaga como todo fogo,
Como toda chama,
É isto que me queima,
É isto que me gela,
Quando as vezes nos queremos
Com a chama morta a vomitar cinzas
Apagando o amor.
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