5 – Os pássaros de luto
Os pássaros íbis,
Os pássaros urubus,
Os pássaros de lutos,
Voam sobre o rio Nilo
E contemplam sua cheia de sangue
Desde os tempos de Moisés.
Contemplam essa dor em bicadas velozes
E o Sangue jorra fertilizando a terra.
A dor tem esse gosto, esse fogo cruzado.
Um homem fino, o cidadão mais educado,
Ecologicamente correto,
Volta do supermercado com uma suculenta peça de carne,
Para seu cão premiado, ele mesmo é vegetariano.
Afaga o cão, agora alimentado,
Vai até a porta e expulsa as feridentas crianças famintas.
A paz está de volta,
Os animais estão protegidos e alimentados,
Os pássaros de luto sabem dessa dor.
Os pássaros íbis,
Os pássaros urubus,
Os pássaros de lutos,
Voam sobre o rio Nilo
E contemplam sua cheia de sangue
Desde os tempos de Moisés.
Contemplam essa dor em bicadas velozes
E o Sangue jorra fertilizando a terra.
A dor tem esse gosto, esse fogo cruzado.
Um homem fino, o cidadão mais educado,
Ecologicamente correto,
Volta do supermercado com uma suculenta peça de carne,
Para seu cão premiado, ele mesmo é vegetariano.
Afaga o cão, agora alimentado,
Vai até a porta e expulsa as feridentas crianças famintas.
A paz está de volta,
Os animais estão protegidos e alimentados,
Os pássaros de luto sabem dessa dor.
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