segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Do Livro Poesia Velha - De Jaiel de Assis

foto Mangiwau

16 – Eqüidade, um mote para todos.

Em toda a terra, em todos os continentes,
Em pleno espaço,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Entre os cientistas mais famosos,
Prêmios Nobel, Pós-doutorados,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Para ricos, nas classes mais abastardas,
Nas classes médias e nas elites mais raras,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Nos lugares mais imundos, entre mendigos feridentos e maltratados,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.
No Vaticano, no Tibet, na Índia, em todos os lugares “santos”,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Para espiritualistas, materialistas, crentes e descrentes,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Nas clinicas de luxo, nos hospitais públicos sucateados,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

Para os que aprovam o nascimento,
Entre os que defendem o aborto e a eutanásia,
A morte continua a ser distribuída generosamente entre todos.

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