sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Do Livro Poesia Velha - De Jaiel de assis



Plasticidade - Foto de Murilo Ito

20 – Acendendo minha cabeça

(Para Lene)

Agora acendo minha cabeça

E como um palito de fósforo

Provo o fogo do inicio ao fim.

A chama produzida tem sabores diferentes

Em cada pedaço percorrido da cabeça aos pés.

A cabeça, que se acha a parte nobre do corpo,

Pensa que a chama é luz e informa isso aos olhos.

Os olhos acham que a chama é cor, um vermelho talvez.

E assim cada pedaço de mim tenta traduzir o fogo,

A chama, a luz, a cor, o vermelho, o talvez,

O beliscar da dor.

Em seus braços, em suas mãos, amando, fico assim,

Em brasas!

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