
Foto Alessandro Martins
26 – Então a tarde caminhava em direção a um assalto qualquer...
Isto não é poesia é dor!
E as luas metades que gritam
No meio das pernas da menina
E os morangos gelados e secos
Em doses quentes nos olhos assustados do cobrador
Diante de uma pistola reluzente com seus 14 tiros e mortes a espalhar.
Olho a tua xana, e este chocolate em flor
É uma alegria em minha vida.
Abelhas amigas me cravam um doce veneno e provam que o doce nem sempre é mel.
Vejo a lua com sua face escondida,
Sua luta secreta por água, seus escorpiões gelados, sua visão de terra.
Abro uma castanha, retiro a castanheira e todos os vermes empalhados.
Descubro que o meu quintal é igual a Marte.
Torno a abrir a castanha e os vermes são tão puros e brilhantes, o ouro do Pará.
Ouro e castanha, vinho e mandioca, terra arrasada!
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