quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Poesia nas Canções


Sete Boleros Cardíacos

(Paulo Ró e Marcos Tavares)



Nada que é vidro é eterno

Blindado porquê?

Coração de ferro me atraiçoastes

Não te bastava então

A lima dos meus dentes

Moendo o vai-e-vem do pranto

Precisavas tanto de um cristal

Blindado coração

Em que inferno cozi tua limalha

Essa tralha enorme de saudade

Põe tua mão e ausculta

Esse coração de puta

Batendo na porta errada

O coração como culpa

Batendo dentro do peito

Um pede perdão perfeito

Um ato de contrição

Põe tua mão e ausculta

Esse coração de puta

Batendo na porta errada

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