sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Poesia nas Canções


Ancestrais

(Milton Dornelas)






Pra cantar eu vim

De tão longe que nem sei de onde sai

Era festa de terreiro isso eu vi

Um matraquear de palmas de tantas mãos escravas

Com sorrisos e tambores dentro da noite

Trago um coração

Apanhado no meio do algodoal

Meio lua, meio pandeiro, meio trovão

Um matraquear de palmas de tantas mãos escravas

Com sorrisos e tambores dentro da noite

O tempo espicha em mim

Marcado na pancada do pilão

No tronco, no batuque, em quebra mar

Um matraquear de palmas de tantas mãos escravas

Com sorrisos e tambores dentro da noite

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